segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Movie Pass

O Movie Pass de hoje destaca Arrasta-me para o inferno. E por fazê-lo, ousa. A nova fita de Sam Raimi que ostenta outros filmes cults no currículo, como a trilogia Evil dead, o western Rápida e mortal e o suspense O dom da premonição, é o melhor filme de terror dos últimos 10 anos. Apesar de ter acabado de estrear nas salas de cinema do país, Claquete reconhece o potencial cult que gravita a obra de Raimi e que lateja nesse filme.
Em Arrasta-me para o inferno, acompanhamos como a ambiciosa Cristine lida com uma maldição que lhe fora rogada por uma velha cigana que se sentiu insultada por ela. Raimi utiliza vários artifícios comuns ao gênero, mas também emprega artíficios bastante particulares. É dessa combinação vitaminada que brota toda a força do filme. Apavorante, engraçado, inteligente, cult. Arrasta-me para o inferno é cinema de primeira qualidade.
A seguir o trailer legendado do filme e a minha critica:


Filme de clima!

A esperada volta ao terror do cineasta Sam Raimi se deu da melhor maneira possível. Depois da consagração comercial alcançada com a trilogia Homem Aranha, pela qual também obteve reconhecimento da critica, o diretor regressa ao gênero que lhe revelou com Arrasta-me para o inferno (Drag me to hell, EUA 2009).
Uma vez mais o diretor conjuga com sensibilidade e técnica os preceitos do cinema de terror com sua visão muito particular do gênero. Se em Evil Dead e suas continuações, conhecidas no Brasil como A morte do demônio 1e 2 e Uma noite alucinante, Raimi costurava momentos de extrema tensão e humor nonsense, em Arrasta-me para o inferno ele o faz com ainda mais domínio e astúcia.
No filme, a ambiciosa Cristine( Allison Lohman) visando obter uma promoção no banco em que trabalha, nega a extensão de um empréstimo para uma velha cigana de aparência asquerosa. A velha então, em uma cena das mais assustadoras e ainda assim ridículas do ano, amaldiçoa Cristine. Em três dias um espirito maligno virá reclamar sua alma. No ínterim, ela passa a ser atormentada por espectros e alucinações. Cristine, com a ajuda do namorado incrédulo, vivido pelo sempre competente Justin Long, irá recorrer a um medium na tentativa de se desviar da maldição.
Raimi não cede aos efeitos especiais, buscando sempre o minimalismo no que concerne a representação do mal. Truques de iluminação, montagem e longos travellings, além da ótima maquiagem são recursos muito bem aproveitados pelo diretor que mantém a tensão proveniente da história. Sempre dosando-a com humor. Rememorando os sucessos do gênero dos anos 80, como Sexta - feira 13 e o próprio Evil dead.
Poucos filmes provocaram tanto medo e petrificaram o espectador na cadeira quanto Arrasta-me para o inferno. É seguro dizer que o filme é o melhor exemplar do gênero produzido na década. Raimi ainda é capaz de sutilezas e paralelismos. Como em uma cena em que demonstra o quão aterrorizante pode ser um jantar para conhecer os futuros sogros. A tensão experimentada ali atinge a mesma intensidade de quando um espirito maligno surge.
Arrasta-me para o inferno assume sua aura cult. E Raimi prova mais uma vez todo o seu talento como contador de histórias( o roteiro é assinado por ele e seu irmão). Se o quisesse, poderia ter feito um filme muito mais aterrador, no entanto, provavelmente seria menos divertido. Raimi acertou peremptoriamente no clima de seu filme. Imperdível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário