domingo, 22 de novembro de 2009

ESPECIAL LUA NOVA - Critica

Tragédia romântica

Bella sofre por amor: Os dramas de Lua Nova lembram uma ópera. Só que feita para adoelscentes ...

A aguardada sequência de Crepúsculo, Lua nova (New moon, EUA 2009),finalmente chegou as telas de cinema do mundo inteiro. Como se imaginava, o filme é muito superior ao primeiro. Obviamente que o inflado orçamento tem sua participação nisso (principalmente no tocante aos efeitos especiais, bem melhores do que no primeiro filme), mas é em seu grande atrativo, ou seja o romance, que reside a principal melhoria promovida por esse segundo capítulo na saga de Crepúsculo. Lua nova é tragicamente romântico. E abrange os dilemas de seus protagonistas de forma mais satisfatória. Obviamente que isso vem também do livro de Stephenie Meyer, mas o diretor Chris Weitz consegue equilibrar as arestas da trama de forma muito mais orgânica do que a diretora Catherine Hardwickie fizera no primeiro filme. Com exceção dos primeiros 20 minutos onde o tom over impera, Lua nova elabora-se como um estudo da angústia de seus personagens. Pode-se argumentar que um estudo ralo, mas ainda sim extremamente interessante para aqueles predispostos a sofrer por amor.
No segundo filme encontramos Bella, embora com 18 anos, preocupada com seu envelhecimento e, na decorrente, impossibilidade de passar a eternidade com seu amado Edward. Este por sinal, após um incidente em que a vida de Bella foi posta em perigo, decide abandoná-la para garantir-lhe o direito de uma vida feliz e plena. Ambos sofrem com a decisão. Bella mergulha em uma depressão profunda e, profundamente incomum para sua idade, e é na figura de Jacob que encontra conforto. Jacob também atravessa mudanças (é durante a aproximação de Bella que ele descobre poder virar Lobisomen), mas tem uma atitude diferente de Edward em relação a como sua “maldição” deve influir na relação com Bella. É nessa diferença que Lua nova brilha mais. A tragédia romântica em que os personagens se embrenham sistematicamente é o que de mais reluzente o filme tem para apresentar. E ninguém sofre mais do que Jacob nesse filme. É ele quem, a despeito de seus esforços, não termina com uma promessa de felicidade.
Jacob e Bella em momento climão: a dor de ser a segunda opção

Lua nova se assume como super produção, não pelos efeitos especiais ou pelas filas homéricas nas salas de cinema, mas pela opção de potencializar aquilo que fora sempre a galinha dos ovos de ouro da literatura de Meyer. A história de amor trágica entre a adolescente Bella, o vampiro Edward e o lobisomen Jacob. É certo que mais meninos verão Lua nova. É certo também que eles dirão que preferem esse ao primeiro, mas é mais certo do que tudo isso, que serão as adolescentes quem terão uma experiência plena e irrevogável ao assistir o filme. E são somente elas, as pessoas capazes de tirar isso de Lua nova.

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