sexta-feira, 25 de junho de 2010

Cantinho do DVD

O destaque da edição desta semana é uma das comédias românticas mais inteligentes dos últimos tempos e tão encantadora como uma história de amor deve ser. Três vezes amor é um filme fofo, esperto, divertido e original. Lendo a crítica em destaque na seção de hoje o leitor poderá ver que muitos outros adjetivos podem ser atribuídos ao filme que mostra um pai às vésperas de voltar a solteirice tendo que se virar para explicar para sua filha pré-adolescente porque sua mãe não é a mulher da vida dele. A engenhosidade do roteiro encontra par na graciosidade do elenco. Vale a pena alugar este filme para conferir entre um jogo e outro desta Copa sem muitas emoções.



Vivendo, amando e aprendendo a viver!

Já a algum tempo as comédias românticas vem se reinventando. Não que houvesse alguma coisa de errado com elas. As mentes criativas por trás delas simplesmente perceberam que não precisavam ficar presos a fórmulas para agradar a um público cada vez mais seletivo, amplo e sensível.
Terapia do amor e Separados pelo casamento são alguns dos precursores de um novo padrão de comédias românticas que o cinema americano vem desenvolvendo com a mesma competência com que desenvolve as histórias de cinderela e os filmes que deram fama a Julia Roberts e Meg Ryan. Três vezes amor (Definitly, maybe EUA/ING 2008) faz parte dessa “revolução”. É uma comédia romântica assumida, mas que não prescinde de inteligência, bom senso, verossimilhança e presença de espirito.
A fita dirigida por Adam Brooks, mostra as agruras por que passa Will (Ryan Reynalds) questionado por sua filha (Abigail Breslin) sobre como ele conheceu sua mãe, e porque ela não é o amor da vida dele, já que estão se separando. Will, passa a contar para sua filha, como tudo começou. Acompanhamos em flashback então, um jovem e idealista Will, mudando-se para Nova Iorque para colaborar na campanha de Bill Clinton. Vemos a dinâmica nada orquestrada dos relacionamentos que ele constrói com três mulheres diferentes, e, como isso afeta a sua vida e os seus sonhos.
Três vezes amor alia brilhantemente fofura com sagacidade. Faz critica politica e graça na mesma cena, comenta sobre desilusão amorosa e sobre ufanismo politico em outra, Adam Brooks é perspicaz ao extremo ao maximizar as metáforas em seu filme. Colocar um personagem para contar uma história de amor em grande parte do filme, não é só manobra metalinguística, é uma importante ferramenta para que o espectador consiga catalisar toda a emoção da história.
Brooks também acerta com seu elenco. Ryan Reynalds, um galã improvável, acerta o compasso entre drama e comédia, Isla Fisher é de uma graciosidade que dispensa talento, mesmo assim, este ainda sobra na jovem atriz, Rachel Weiz encanta, para variar, e Kevin Kline faz uma participação especial desencanada e divertida.
O grande mérito do filme no entanto, é se dirigir diretamente ao coração do espectador. Mostrando que ele não está sozinho no que concerne as coisas do amor. A vulnerabilidade, os erros cometidos, os arrependimentos, os amores não declarados, toda a dor vivida há de servir para alguma coisa. E o desfecho do filme, dos mais singelos e sublimes, faz-nos brotar aquele sorriso de esperança.

5 comentários:

  1. Esse filme é mesmo muito bacana e inteligente, excelente comédia romântica! xD

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  2. Acho esse filme tão chatinho... O destaque, para mim, é o elenco feminino.

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  3. Alan: Tb acho Alan.Abs

    Matheus: Acho muito bem bolada a relação entre a visão de mundo do personagem de Ryan e como ela vai mudando conforme o rumo de seus relacionamentos, é uma sutileza improvável em comédias românticas. abs

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  4. Acho esse filme "fofo", rsrsrs. Destaque para o elenco, um delicioso passatempo.

    Beijos! ;)

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