domingo, 5 de dezembro de 2010

Claquete em série

Como um zumbi

O hype ainda é grande, a audiência nos Estados Unidos, no entanto, já encolheu. The walking dead, a aposta do pequeno AMC (mais sobre isso na coluna do mês passado), de levar os zumbis para a tv dá parcialmente certo. Depois de uma estréia acachapante, mais de 5 milhões de espectadores (a maior audiência da TV paga americana no ano), a minissérie que virou série devido a esses números enveredou pelo óbvio ululante.
Os dois primeiros episódios, pilotados por Frank Darabont (roteiro e direção do primeiro e roteiro do segundo) são dois primores. Os clichês são trabalhados com ousadia e há perfeição técnica. Dali em diante, The walkind dead limitou-se ao óbvio, ainda que bem executado. Não à toa, Darabont (que é o criador e principal produtor da série) anunciou que estará mudando o time de roteiristas para o novo ano (que terá 13 episódios). De qualquer jeito, The walkind deade deve receber indicações ao Globo de ouro. Mesmo que elas sejam mais fruto do hype do que da qualidade do programa propriamente dito.


O melhor personagem da TV

São tantos e tão plurais. House, Charlie Harper, Susan Mayers, Walter White, Bill Campton, Hank Moody, Sheldon Cooper, Sookie Stackouse, Don Draper, irmãos Winchester e Patty Hewes, entre tantos outros dignos de nota. Contudo, parece inegável que o melhor personagem da TV americana atualmente é Dexter Morgan (interpretado com astúcia e prazer indescritíveis por Michael C. Hall).
A quarta temporada, a mais fraca de todas até aqui, terá seu último episódio (e paradoxalmente um dos mais espetaculares da série) exibido na próxima quinta-feira (dia 9). Dexter é um personagem de muitas camadas e, talvez, seja o único que apresenta novos níveis a cada ano. Talvez seja o único que se torna mais cativante e odioso a cada novo episódio. Dexter vive do paradoxo e isso o galvaniza como um personagem de muitos fluxos e nuanças (todas bem exploradas pelos roteiristas até aqui). Dexter, a série, é ótima. Mas Dexter, o personagem, com o perdão do trocadilho, é de matar de tão bom.


 Ele é o cara! e ai de você se disser o contrário...


De olho no Globo de ouro...

No próximo dia 14 de dezembro serão anunciados os indicados para o Globo de ouro e não devemos ter grandes novidades na disputa pelos principais prêmios. A Hollywood Foreign Press Association (HFPA) até gosta de premiar novidades e lançar tendências. Mas não há nenhuma grande novidade digna de nota. The walkind dead pode garfar uma vaguinha entre os dramas. Assim como Timothy Olyphant pode ser lembrado por Justified. Contudo, as atenções devem ser monopolizadas mesmo por Mad men e The good wife, pelo lado dos dramas, e Glee e Modern family, pelas comédias.



A batalha dos remakes

Exibido aqui no Brasil pelo canal LIV às 22h de toda quarta-feira, a nova versão da clássica série Hawaii 5 - 0 tem agradado. É um bom exemplar de ação, com muito mais humor, inteligência e carisma do que outro remake desta temporada, Nikita (exibido às terças às 21h no Warner Channel).

Um pontapé no tédio

Já está no ar na HBO brasileira a segunda temporada de uma das séries mais engraçadas dos últimos tempos. Estrelada por Jason Schwartzman, Zach Galifianakis e Ted Danson, Bored to death mostra as desventuras de um escritor fracassado (Schwartzman), seu melhor amigo (Galifianakis) e seu empregador ligado em maconha (Danson). Aliás, todos eles são ligados em maconha. A série, cuja primeira temporada acaba de ser lançada em DVD no país, alia um humor extravagante a verdadeiras perolas existencialistas. O nome já diz tudo e tédio é o que você não vai sentir assistindo esse show.

Quando assitir: Por volta das 23h nos sábados e às 21h nas quintas-feiras.

Os três mosqueteiros em ação: humor sofisticado que não deixa de flertar com o non sense

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