sábado, 22 de junho de 2013

A (boa) escolha de Sam Taylor-Johnson para dirigir 50 tons de cinza


Há poucas semanas, Claquete publicou na seção Insight matéria analisando a verdadeira fogueira de vaidades que cerca a pré-produção do grande best-seller e fenômeno mundial da atualidade, “50 tons de cinza”. Na reportagem, atentou-se para o fato de que que a escalação do diretor responsável pela adaptação do primeiro livro para o cinema seria crucial. Entre alguns nomes possíveis aventados e outros ideais, escapou o da diretora inglesa Sam Taylor-Johnson, que antes do casamento com o ator Aaron Johnson era conhecida como Sam Taylor-Wood. O nome dela acabou fora do radar de Claquete por ter pouca quilometragem no cinema, mas de maneira alguma essa omissão a desabona. Johnson é uma escolha arejada, inteligente, pertinente e que renova as expectativas para a adaptação. A sofisticação de seu registro para a juventude de John Lennon no recomendável O garoto de Liverpool (2009), filme no qual conheceu seu atual esposo, sugere uma cineasta sensível, imaginativa e esteticamente criativa. Essa percepção se assevera no background como fotógrafa, profissão a qual se dedicou nos anos 90. Além de conceber alguns dos vídeo-arte mais celebrados no metiê londrino, ela marcou presença em bienais de Veneza e Berlim.
Ainda que não tenham exercido influência alguma nos critérios que nortearam a escolha dos produtores de 50 tons de cinza, há outros elementos que favorecem Johnson a frente do projeto. O fato de ter tido câncer, aos 30, batalhado, sobrevivido e se casado depois disso denota um gosto pela vida que pode beneficiar o filme. Além do fato de ser casada com um homem mais jovem, em ascensão profissional e bonito. São elementos que a servem como narradora de uma história em que sexo, feminilidade, amor e autoestima se entrelaçam.

A diretora divulgou uma nota à imprensa falando sobre o novo projeto. “Estou feliz de ser responsável por levar "50 tons de cinza" das páginas para as telas. Para a legião de fãs, eu quero dizer que irei honrar o poder do livro de Erika e os personagens de Christian e Anastasia. Eles também estão sob minha pele”.

2 comentários:

  1. É, uma boa escolha mesmo, mas, quanto ao filme em si.... Estou há meses tentando terminar o livro, tanta coisa me irrita..... Torcer para ser interessante.


    Bjs

    ResponderExcluir
  2. Acho que vai ser interessante sim. Na pior das hipóteses será um novo "Nove e 1/2 semanas de amor". O que já tá bom, rsrs
    bjs

    ResponderExcluir