domingo, 20 de outubro de 2013

Insight - Os bastidores da saída de Charlie Hunnam de "50 tons de cinza"

Uma das tônicas do noticiário que cobre os bastidores da indústria cinematográfica nessa semana que passou foi especular as razões que levaram Charlie Hunnam a desistir do “papel dos sonhos” da carreira. Por que, afinal, depois de longas e intensas negociações, Hunnam desistiu de viver o excêntrico milionário e adepto de sexo sadomasoquista Christian Grey na versão cinematográfica de "50 tons de cinza"?
Há muitas hipóteses e poucas certezas. A justificativa oficial é de que o ator estava preocupado em prejudicar a série "Sons of Anarchy", da qual é um dos protagonistas, com o apertado calendário de filmagens bifurcando as duas produções. Uma rápida pesquisa mostra que não é esse o caso. O estúdio Focus, os representantes legais de Hunnam e os produtores da série já haviam discutido e traçado um cronograma para “dividir” o ator que havia agradado a todas as partes. A imprensa de celebridades logo ventilou a “razão oficial” para todos os imbróglios desse tipo. Hunnam estaria insatisfeito com o grau de exposição ao qual fora submetido antes mesmo das filmagens (ele não queria virar um "novo Robert Pattinson"). Boatos davam conta de que a esposa de Hunnam, a designer de joias Morgana McNeils estava atribulada com o número de cenas sensuais do marido e, por que não, ligeiramente enciumada. Para fontes de publicações como People e US Weekly, ela exercia, ainda que sutilmente, pressão sobre o marido para abandonar o projeto.

 Preferido das fãs, Matt Bomer voltou a ser cogitado; no entanto, ele já havia sinalizado em outras oportunidades alguma resistência ao papel

Pressão, hesitação e um sorriso bonito: Hunnam: entre as muitas especulações, uma dá conta de que Hunnam está de olho em um grande papel que só seria seu se ele se desvinculasse de 50 tons de cinza

Outra vertente, ainda que relacionada a esta última, dá conta de que Hunnam teria uma série de restrições ao roteiro. Essa versão ganhou força pelo fato dos produtores terem anunciado Patrick Marber, roteirista de produções impecáveis como Notas sobre um escândalo (2006) e Closer - perto demais (2004). A troca de guarda na roteirização não teve maiores explicações, mas reforça a percepção de que a pré-produção do filme é muito mais conturbada do que os produtores deixam transparecer. Kelly Marcel, a roteirista que foi exatamente o primeiro nome confirmado na produção, não foi demitida, mas perde o controle criativo sobre o roteiro. Universal e Focus limitaram-se a informar que essa mudança foi ajustada, ainda que não anunciada, antes da saída de Hunnam do projeto.
Outros boatos dão conta de que Hunnam ficou com receio de ficar estigmatizado com o papel e outros de que abandonou o projeto para ficar a disposição de Guillermo Del Toro, seu amigo e que o dirigiu em Círculo de fogo, para projetos que ambos já vinham conversando.
Todos esses boatos são muitos superficiais, justamente porque se esmeram em considerações que um ator, ainda mais um ator que já tenha alguma experiência no ramo, faz antes de assinar um contrato e assumir um papel. Há, lógico, momentos em que o comportamento desejado não se impõe e uma atitude impensada põe todo um projeto a perder. Recentemente, e Claquete também cobriu isso de perto, a produção do filme Jane got a gun sofreu com uma série de dança das cadeiras e baixas injustificadas e muito mais midiáticas do que os entreveros que ocorrem aqui. Acontece que o tamanho de 50 tons de cinza torna tudo muito mais dramático.

1- Christian Cooke, 2 - Alexander Skarsgard, 3 - Scott Eastwood, 4 - Jamie Dornan: os novos bonitões comentados para estrelar o filme

O anúncio do novo protagonista deve ocorre nos próximos dias. São muitas as possibilidades e os nomes aventados são tão ou mais desconhecidos do grande público do que Hunnam. O que se percebe é o cuidado do estúdio em escolher um ator que já tenha feito cenas sensuais antes e que não apresente objeções a esse tipo de cena, abundante nos livros e, em teoria, no filme. Esse contexto favorece a interpretação de que houve, na verdade, uma combinação de fatores – com a preponderância da versão apontada pela imprensa de celebridades – que levou Hunnam a rescindir seu contrato.
Entre os nomes aventados se destacam Alexander Skarsgard ("True Blood"), Jamie Dornan ("The fall"), Christian Cooke ("Magic city") e François Arnaud ("The Borgias").  

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