terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Claquete repercute - Jurassic park: O parque dos dinossauros


Steven Spielberg já era uma espécie de Midas do cinema quando Jurassic Park – O parque dos dinossauros (Jurassic Park, EUA 1993) estreou no meio do ano de 1993. Mas ainda não era o colosso que é hoje. Primeiro pelo fato de que, apesar de já ostentar cinco indicações para o Oscar (três como diretor) e sucessos irrevogáveis como E.T – o extraterrestre, Tubarão e a trilogia Indiana Jones, Spielberg ainda não tinha no currículo um filme do porte de Parque dos dinossauros. Esse, diferentemente da trilogia Indiana Jones, foi criação só sua. O filme, que quase beijou o bilhão de dólares na bilheteria mundial (feito inimaginável naquela época pré-Avatar), revolucionou o cinema contemporâneo e é difícil imaginar os efeitos especiais que derrubaram queixos em Matrix e O senhor dos anéis sem os dinos de Steven Spielberg.
Foi um ano pródigo para o diretor. Em um contexto histórico é possível dizer que foi quando provou sua maioridade artística. Realizou um epíteto do entretenimento que ajudou a criar (o blockbuster hollywoodiano) na figura de Parque dos dinossauros e alcançou a glória (e o ambicionado Oscar) com o drama sobre o nazismo A lista de Schindler. Foi o segundo ano que Spielberg lançou dois filmes na mesma temporada. Em 2011 ele fez o mesmo pela quarta vez. Cavalo de guerra e As aventuras de Tintim, em suas idiossincrasias, se comunicam fortemente com aqueles dois filmes lançados em 1994.
Parque dos dinossauros, como patente na filmografia de Spielberg, apresenta uma família fissurada. Ainda que seja uma família postiça. Os remendos se dão pelas experiências catárticas que marcaram para sempre o filme vencedor de três Oscars (efeitos visuais, som e edição de som).
Dinossauros clonados, cientistas gananciosos, cientistas brilhantes e crianças indefesas. Todos esses elementos convergem em um filme que conjuga pura emoção, adrenalina e maravilhamento. Acreditamos que aqueles dinossauros reviveram e a magia do cinema nunca havia sido tão viva até aquele momento. Talvez por isso, Parque dos dinossauros seja rememorado com tanto carinho por todos aqueles que apreciam o cinema.
Mas a fita, que popularizou os talentos de Jeff Goldblum, Sam Neill, Laura Dern e de um quase desconhecido Samuel L.Jackson, é também uma demonstração valorosa do talento que Spielberg detém para orquestrar, não só grandes espetáculos, mas grandes narrativas.

Spielberg feelings: Parque dos dinossauros ajudou a sacramentar a grife Spielberg


Até a chegada de gente como Christopher Nolan e Peter Jackson, não havia outro integrante de Hollywood capaz de produzir espetáculos tão vistosos e tão coesos em termos narrativos. Parque dos dinossauros, em uma dimensão mais arrojada do que Tubarão e a trilogia Indiana Jones, demonstrou isso.
Spielberg revisitou esse universo que tão lindamente criou em 1997, mas a continuação foi pouco feliz. Com ecos de King Kong, o diretor levou um T-Rex para San Diego e a magia se perdeu diante da megalomania. O terceiro filme, ao qual Spielberg apenas produziu, devolveu a franquia à sua perspectiva.
De qualquer maneira, o impacto daquele filme lançado nas férias de 1993 permanece inalterado. Nem Gollum, nem Ceasar, nem os Na´vi conseguiram despertar algo semelhante. O Parque dos dinossauros, inegavelmente, ajudou a transformar Steven Spielberg na lenda que é.

5 comentários:

  1. Acredita que eu ainda não assisti a esse filme?! Anseio por vê-lo logo, mas sempre acabo adiando. Mas vou conferi-lo logo, eu espero.

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  2. Um espetáculo do entretenimento! Um filme que eu e minha família assistimos zilhões de vezes! Spielberg puro em um ano que conheci um corajoso lado deste contador de histórias com ‘Schindler’.
    Mas não foi 1993 o primeiro ano duplo de uma temporada Spielberg Reinaldo, 1989 teve Indiana Jones e a Última Cruzada + Além Da Eternidade (que é muito bom). Depois ele veio a fazer isso em 1997, 2002, 2005 e agora em 2011. Tivemos que esperar tanto para Cavalo de Guerra e Tintim, minha ansiedade Spielberg, neste ano de 2012, ainda não terminou... chegou desta vez atrasado, rs!

    Adoro Jurassic Park, pena mesmo que a continuação, feita por telefone e desinteresse por Spielberg, tenha prejudicado a franquia.
    Adorei este claquete repercute. Vem mais Spielberg por ái?

    Abs!

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  3. É, o homem do momento, Steven Spielberg. Bom Claquete repercute. O primeiro Parque dos Dinossauros foi um marco sem dúvidas.

    bjs

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  4. Spielberg foi um dos pioneiros no sentido de fazer blockbusters pra toda família de excelente qualidade. "Jurassic Park" é uma prova disso. Ótimo post, Reinaldo!

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  5. Luís: Vamos tratar de correr atrás do prejuízo seu Luís...
    Abs

    Rodrigo Mendes: Pois é, as vezes a memória falha. rsrs. Obrigado pela correção Rodrigo. Já ajeitei o texto. Tb já perdi a conta de quantas vezes já assisti Jurassic park.Vem mais Spielberg sim. Ele será tema da coluna Questões cinematográficas desse mês.
    Abs

    Amanda:Um marco mesmo. Obrigado Amanda.
    bjs

    Kamila: Ele foi pioneiro, né Ka? A coluna Questões cinematográficas desse mês vai delimitar isso.
    bjs

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